13 de set. de 2010

Mulheres querem saber sobre a agenda de gênero dos/as candidatos/as

Desde o início deste mês, o Forum de Mulheres de Pernambuco iniciou uma série de ações para provocar os/as candidatos/as a falarem sobre a sua agenda política em relação aos direitos das mulheres. Neste contexto, será lançada, hoje (13), a campanha "Eu decido meu voto", uma iniciativa conjunta do Grupo Curumim, Fórum de mulheres de Pernambuco, Rede Feminista de Saúde e Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro. Além dos debates com candidatas e candidatos, cartões impressos e virtuais serão enviados por organizações da sociedade civil para candidatos/as aos cargos de deputado estadual, federal, senador e governador. O material também será remetido para um mailing que inclui atuais parlamentares do Recife e de Pernambuco. A campanha também contará com spots de rádio a serem difundidos em rádios populares e de web.

També hoje, o Fórum de Mulheres de Pernambuco promove um debate com candidatos/as à vaga de deputado/a federal, no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), no Recife, às 18 horas.

As mulheres correspondem a a 51,8% do eleitorado brasileiro em 2010, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, no entanto, Paula Viana, coordenadora do Grupo Curumim, acredita isso ainda não se traduziu em propostas concretas de políticas que diminuam as desigualdades sociais entre homens e mulheres. “Estamos acompanhando os debates que, com raríssimas exceções, apontam propostas com enfoque de gênero. Com a campanha queremos reafirmar que nós decidimos os nossos votos e que só votaremos em candidatas e candidatos com plataforma política coerente e que garanta os nossos direitos”, afirma.

As peças de comunicação da campanha foram produzidas, de forma conjunta, com mulheres de baixa renda que moram em comunidades do Recife. No texto dos cartões e do spot, os candidatos e as candidatas são provocados a falar sobre assuntos como enfrentamento à violência contra a mulher, combate ao racismo, geração de emprego (ou seja, para além da geração de renda, já que grande parte das trabalhadoras vivem em situação de informalidade), aborto e liberdade religiosa (contemplando mulheres negras e de terreiro que sofrem com o preconceito, muitas vezes, institucionalizado).







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